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Voltar para a listagem05/11/2025
O Donanemabe é um medicamento de administração intravenosa (por infusão) indicado para o tratamento da doença de Alzheimer em pacientes com diagnóstico biológico confirmado. Esse diagnóstico pode ser obtido por meio de biomarcadores, exame de líquor (também conhecido como punção lombar) ou pela realização de PET-CT com marcador beta-amiloide.
O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2025, estando desde então autorizada sua comercialização e utilização clínica. Trata-se do primeiro anticorpo monoclonal aprovado no Brasil para o tratamento da doença de Alzheimer, um marco significativo na abordagem terapêutica dessa condição.
O tratamento com Donanemabe é indicado para pacientes com Alzheimer em estágio inicial. Também pode ser indicado para pessoas que apresentam alterações cognitivas pré-demenciais, estágio conhecido como comprometimento cognitivo leve, uma fase que antecede a demência propriamente dita.
Antes do início do tratamento, os pacientes passam por uma série de exames e avaliações médicas para determinar a viabilidade do uso do medicamento e garantir a segurança da aplicação. Entre os testes realizados estão avaliações cognitivas padronizadas (scores cognitivos), ressonância magnética e análise genética.
A terapia é administrada por infusão intravenosa mensal, com intervalo de quatro semanas, realizada no centro de infusão do Hospital Mãe de Deus. O protocolo recomendado tem duração de 18 meses, podendo ser ajustado para 6 ou 12 meses, conforme a resposta biológica individual do paciente à medicação.
“O uso do Donanemabe é um marco importante para o Hospital Mãe de Deus e para o tratamento da doença de Alzheimer, reforçando o papel da instituição como referência no tratamento de doenças neurológicas. O HMD dispõe de toda a estrutura para a realização do tratamento: equipe médica qualificada, exames de biomarcadores por líquor e por PET CT, centro de infusão com experiência em anticorpos monoclonais e serviço de neurorradiologia bem estruturado.”
Dr. Henrique Mohr, neurologista do Hospital Mãe de Deus