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04/12/2019

CIRURGIA EM ATÉ 48 HORAS EM PACIENTES IDOSOS COM FRATURA NO FÊMUR PROXIMAL

[caption id="attachment_1639" align="alignnone" width="730"] Dr. Marcos Paulo de Souza, Traumatologista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus, analisando exame de imagem | Foto: Emmanuel Denaui[/caption]

O Serviço de Traumatologia e Ortopedia do Hospital Mãe de Deus adotou um protocolo de cirurgia em até 48 horas para as fraturas no fêmur proximal em idosos, no qual o índice de mortalidade é equivalente a centros de referência mundial. “Em parceria com a equipe de Emergência e a equipe Clínica do Hospital, viramos a chave de uma questão muito importante: nosso paciente interna pela Emergência, que solicita os exames pré-operatórios, entra em contato com a Traumatologia e a equipe Clínica. O paciente é rapidamente avaliado e classificado conforme o risco cirúrgico. Liberado pela equipe Clínica é encaminhado ao tratamento cirúrgico no mesmo dia da admissão no Hospital. Só não encaminhamos no mesmo dia se houver alguma contraindicação absoluta”, resume Dr. Marcos Paulo de Souza, Traumatologista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus.

Dr. Marcos Paulo considera que este protocolo contribuiu positivamente para o desfecho destes pacientes. “Hoje, os pacientes internam, são operados precocemente e recebem alta hospitalar em três a quatro dias, diminuindo consideravelmente o tempo de internação.  Diversos estudos mostram que pacientes que permanecem muito tempo internados aumentam o risco de mortalidade. Nosso objetivo é evitar o risco de complicações causadas por cirurgias retardadas que ultrapassem o período das 48hs de sua fratura. Pesquisas mostram que a partir de 48hs sem cirurgia, o risco de complicações clínicas e mortalidade destes pacientes é muito alto. Esta fratura no idoso pode levar de 20 a 30% a óbito dentro do primeiro ano após a fratura.

 “Com a tomada de decisão mais rápida para a cirurgia, diminuímos consideravelmente o risco de complicações clínicas e mortalidade. Atualmente, no nosso serviço a mortalidade intra hospitalar está em 3% e a mortalidade após 1 ano é de 18%”, avalia.

Equipe multidisciplinar e plano de alta que começa na internação

Outro ponto importante é o papel da equipe de Fisioterapia, que também adota um protocolo de reabilitação precoce para estes pacientes. O trabalho em conjunto fortalece e contribui nos resultados positivos para estas lesões.

Dr. Marcos chama a atenção também para a importância no plano de alta destes pacientes. “A alta deve ser planejada já no momento da internação, pois precisamos de uma organização na recuperação e reabilitação destes pacientes fora do hospital em suas residências ou clínicas de repouso. A família tem que se preparar, e se estruturar como vai conduzir estes pacientes depois da alta hospitalar”, finaliza.