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Voltar para a listagem21/06/2023
O dia 21 de junho é o Dia Nacional de Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença conhecida por afetar o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, mobilizando a pessoa por toda a vida.
Para entendermos melhor sobre as características dessa doença e como ela de fato atua no corpo, conversamos com o Dr. Jefferson Becker, neurologista do Hospital Mãe de Deus, que trouxe detalhes sobre a ELA.
A ELA está relacionada com os neurônios motores, ou seja, “A esclerose amiotrófica é sobre a morte desses neurônios. A pessoa não tem mais controle dos músculos e vai perdendo as forças.”, afirma o Dr. Jefferson Backer.
Entre outros sintomas, também fazem parte:
A realidade é que não existe um fator desencadeante para o desenvolvimento da ELA, porém, há o conhecimento de que a doença tem mais possibilidades de se desenvolver no indivíduo que possua um histórico familiar de Esclerose Lateral Amiotrófica, como explica o neurologista:
“De 5% à 10% dos pacientes com ELA conta com um quadro hereditário, o que significa que muitas pessoas da família têm ou terão a doença. Não se sabe se existe um fator verdadeiramente desencadeante.” afirma.
Embora haja um consenso geral de que atletas e as pessoas com uma rotina que envolva trauma por repetição ou que estejam expostas a tensões de energia são mais suscetíveis a desenvolver a doença, o Dr. Becker ressalta que não existe uma comprovação exata sobre essa informação.
“Existem alguns estudos e relatos de que pessoas que vivem expostas a altas tensões de energia, como as que moram perto de usinas, ou as que têm algum trauma por repetição, são predispostas a desenvolver a ELA, porém, não há uma certeza”, explica.
O principal exame para o diagnóstico médico é a eletroneuromiografia. “que consiste em dar pequenos choques para avaliar os nervos e posteriormente uma agulhinha para ver os músculos”, conta o neurologista.
Outros exames também são realizados para complementar essa conclusão, como: ressonância da coluna cervical e exames de sangue.
Eles ajudam a eliminar outras doenças que também possam gerar esses mesmos sintomas, alcançando assim o diagnóstico correto.
Para as pessoas que têm ELA, é necessário o atendimento de uma equipe de profissionais, com neurologista, pneumologista, um gastrologista, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo. O Dr. Becker ainda ressalta que “[...] apesar da ELA ser uma doença incurável, não quer dizer que ela seja intratável. Podemos oferecer uma série de alternativas para melhorar a vida do paciente.”
Além das medicações disponíveis, outros pontos de atenção importantes para o cuidado com paciente com ELA são:
Se notar qualquer um dos sintomas em si mesmo ou em pessoas próximas, busque a opinião de um neurologista e realizar os exames para ter certeza sobre o diagnóstico.
O Dr. Jefferson Becker finaliza ressaltando que hábitos específicos para prevenção da ELA, infelizmente ainda não existem, mas que apesar disso, ainda vale a pena investir em cuidar da saúde. “Só podemos advogar em benefício dos hábitos saudáveis.”
Fonte: Panvel