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Voltar para a listagem08/04/2022
As doenças crônicas do fígado, conhecidas como hepatopatias, vêm se tornando um importante problema de saúde pública. A alta prevalência de esteato-hepatite não alcoólica e de hepatites virais crônicas podem trazer diversas consequências, já que elas evoluem para cirrose em 20% a 30% dos casos e para câncer em 1% a 3% dos pacientes. Por isso, a identificação e o controle dessas doenças é tão importante e a elastografia hepática tem papel fundamental nesse processo.
Esse é um método não invasivo que permite avaliar o grau de rigidez do fígado, identificando alterações que podem levar a fibrose hepática. A fibrose é um tecido que se desenvolve quando o órgão é lesionado continuamente em razão de condições inflamatórias ou infecciosas tais como hepatite, gordura no fígado, hemocromatose, Doença de Wilson, esquistossomose, colangite esclerosante primária, cirrose e câncer no fígado. O diagnóstico ágil proporciona melhores decisões terapêuticas e até sua reversão.
A elastografia hepática por ultrassonografia é baseada no princípio de que a fibrose altera as propriedades viscoelásticas do fígado, tornando-o mais rígido. A aferição da rigidez é realizada através da medida da velocidade com que uma onda sonora atravessa o tecido do fígado: quanto maior for essa velocidade, mais ¨duro¨ vai estar o tecido do fígado, sendo essa velocidade diretamente proporcional ao grau de fibrose.
O exame é semelhante a uma ultrassonografia abdominal total, realizado com o paciente em jejum de cerca de seis horas, não havendo necessidade de outros preparos adicionais. Essa facilidade, aliada aos resultados de alta qualidade, torna ele uma ótima alternativa para substituir na maior parte dos casos a biópsia hepática, procedimento invasivo que requer a retirada de um fragmento do fígado e que era o padrão para esse tipo de diagnóstico anteriormente. É contraindicado somente em casos de ascite, congestão hepática e atividade necro-inflamatória.
Atualmente, os equipamentos disponíveis dividem-se em dois grupos conforme a fonte geradora da onda, podendo a mesma ser um impulso mecânico (Fibroscan) ou um impulso acústico (ARFI/2D SWE). Uma das técnicas das mais recentes é a 2D SWE, do equipamento Applio 300, disponível no Hospital Mãe de Deus desde março de 2020. Entre as suas vantagens estão a visualização em tempo real de todo o fígado e de seus vasos através da ultrassonografia com Doppler a cores, permitindo avaliar o fluxo de sangue no órgão e identificar se há aumento da pressão no sistema vascular hepático, avaliar a forma e contornos do fígado e permitir a realização da elastografia com um mapa de propagação das ondas sonoras no tecido hepático, permitindo um melhor avaliação da área, evitando possíveis artefatos que possam alterar as medidas do exame.
O exame (Ecografia Abdominal com Doppler a Cores + Elastografia Hepática Ultrassonográfica) é realizado de forma particular e por diversos convênios aqui no HMD, com novas operadoras adicionadas recentemente. Entre em contato nos nossos canais de atendimento, tire suas dúvidas e agende o seu procedimento.