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16/12/2022

Hospital Mãe de Deus é pioneiro na região Sul no procedimento de embolização da próstata

A embolização da próstata é um procedimento minimamente invasivo que busca aliviar os sintomas do paciente com hiperplasia prostática benigna (HPB), aumento não canceroso da próstata e o tumor benigno mais comum encontrado em homens. A técnica foi liberada no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no ano de 2016 em centros de referência mediante cadastro prévio junto ao órgão. Neste mesmo ano, o Hospital Mãe de Deus (HMD) foi a primeira instituição na região sul do Brasil a cadastrar-se no CFM, passando a realizá-la de maneira rotineira desde então.

O procedimento é uma alternativa às técnicas tradicionais de tratamento e tem como objetivo induzir a diminuição do volume da próstata e  consequente melhora dos sintomas ocasionados pelo crescimento dela, através do cateterismo e posterior embolização (“entupimento”) dos vasos que irrigam esse órgão. Segundo o Dr. Enio Ziemiecki Junior, médico radiologista intervencionista do Centro de Medicina Intervencionista do HMD, a principal vantagem da embolização da próstata em relação aos outros métodos é a ausência de incisões ou cicatrizes, já que ela é feita através de punção arterial. O procedimento é indicado para pacientes com próstatas grandes (maior que 80g), com risco cirúrgico elevado ou que não desejam optar pela cirurgia.  

"Desde o início da sua realização no HMD, a técnica mostrou-se eficaz na melhora da sintomatologia com preservação da ejaculação e da função sexual'', relata o Dr. Enio. A embolização da próstata é feita por um radiologista intervencionista, com treinamento específico e utiliza raios-X e outras imagens avançadas para ver dentro do corpo. 

Conheça mais sobre o procedimento

A técnica vem sendo utilizada na medicina desde os anos 1970 segundo publicações da literatura médica, principalmente em pacientes com quadros de sangramentos recorrentes. Em 2000, um médico radiologista intervencionista nos Estados Unidos da América (EUA), observou que, após o uso da embolização da próstata, ocorreu uma redução significativa do volume glandular prostático do paciente, assim como a melhora do fluxo urinário e sintomatologia relacionada à HPB.

Amparados nesse caso e em procedimentos similares realizados no dia a dia do radiologista intervencionista, pesquisadores brasileiros e europeus iniciaram projetos de pesquisa em meados de 2008 visando estudar os efeitos da embolização da próstata em pacientes portadores de HPB.

A partir dos bons resultados, ela mostrou-se segura para um grupo selecionado de pacientes. Diante disso, ganhou visibilidade ao redor do mundo, sendo aprovada nos EUA pelo Federal Drug Administration (FDA) em 2016 e incorporado na rotina do atendimento dos pacientes no Reino Unido em 2017. Mais recentemente, a Agência Nacional de Saúde (ANS) inseriu a embolização da próstata no rol de procedimentos com cobertura pelas operadoras de saúde.