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26/01/2022

Hospital Mãe de Deus realiza primeira crioablação para tratamento de metástase óssea

Possibilitar a destruição de tumores de maneira segura e sem cortes, trazendo uma recuperação mais rápida e com menos chances de complicações. Esse é o objetivo da crioablação (destruição por congelamento) guiada por tomografia. Após a utilização da técnica em casos de câncer renal, agora, a equipe do Hospital Mãe de Deus realizou o primeiro procedimento para tratamento de um tumor ósseo na Instituição.

No caso realizado pelos radiologistas intervencionistas do Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Mãe de Deus Dr. Enio Ziemiecki Junior e Dr. Eduardo Medronha, o paciente apresentava uma lesão grande, de mais de 6cm junto ao osso ilíaco, que não poderia ser ressecada através da cirurgia tradicional. Com a crioablação, o tumor é destruído através de sucessivos congelamentos e descongelamentos gerados pela ação de dois gases: argônio e hélio.

O argônio, quando passa pela válvula, se expande, perdendo energia e congelando. Já o hélio, em vez de perder calor, esquenta e descongela. A aplicação dos gases é feita através agulhas longas de fino calibre, que são posicionadas no interior do tumor de forma extremamente precisa, graças ao uso da tomografia nesse processo.

“A disponibilização dessa tecnologia no Hospital é muito interessante. Sua utilização é recomendada para tratar principalmente tumores renais primários e algumas metástases ósseas, possibilitando aos pacientes uma alternativa menos invasiva e que permite o retorno precoce as suas atividades”, ressalta o Dr. Eduardo Medronha.

O método é indicado, principalmente, para casos de tumores renais, de até 3cm ou em casos de lesões maiores em rim único. Além disso, pode ser usada também no fígado e no pulmão, dependendo sempre da avaliação individual de cada caso. Ela é bastante útil para quem não quer ou não pode realizar cirurgias, por apresentar algum tipo de risco do ponto de vista cardiológico ou pulmonar.

Vantagens do uso na oncologia

Sem corte

Na maioria dos casos, a intervenção é feita apenas sob sedação, sem necessidade de anestesia geral ou intubação

Em alguns casos, é feita de forma ambulatorial, sem a necessidade de internação

Preservação do órgão