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Voltar para a listagem02/12/2021
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), dados de prevalência apontam a obesidade como uma das principais doenças em ascendência no mundo nos países menos desenvolvidos. São milhares de pessoas que acabam apresentando complicações graves e até fatais em decorrência do ganho de peso excessivo ao longo da vida. Trata-se de uma doença crônica e muitas vezes incapacitante, além de trazer possíveis danos com relação ao aspecto emocional.
O estilo de vida moderno, caracterizado por uma rotina corrida de estresse nos principais centros e capitais do Brasil, somado ao sedentarismo e à alimentação inadequada, são os principais fatores responsáveis pela obesidade, quando associados a distúrbios genéticos e hormonais prévios. Até mesmo a privação de sono já foi apontada como um dos contribuintes, segundo a ENDO 2015 (Endocrine Society).
No último Congresso Europeu de Obesidade, em Praga, pesquisadores da Universidade Dublin disseram que um dos principais pontos como desencadeador do processo de obesidade é a disfunção ou a deficiência de hormônios secretados durante o processo digestório, que interagem com receptores cerebrais (principalmente a hipotálamo), esse conhecido como o grande centro do metabolismo do nosso corpo.
Veja também: Podcast Hora da Consulta debate Obesidade em tempos de pandemia.
O mecanismo de geração e regulação da saciedade é prejudicado, o que leva a um desequilíbrio do metabolismo basal e, consequentemente, ao acúmulo de gordura intra-abdominal ou visceral, prejudicial ao coração fígado, pâncreas além de outros órgãos e sistemas do organismo, até mesmo o cérebro
Após descobertas através de pesquisas principalmente nas últimas duas décadas, demonstram que um dos principais tratamentos para o controle da obesidade é a cirurgia bariátrica, pois atua diretamente no mecanismo de regulação hormonal que comunica o trato digestivo com o cérebro, e de uma forma mais eficaz e rápida do que a maioria dos medicamentos emagrecedores.
Todavia, nos últimos anos, novos medicamentos que atuam nessas vias sinalizadoras e reguladoras do apetite e do metabolismo têm também demonstrado maior eficácia e segurança quando comparados a medicamentos e tratamentos farmacológicos mais antigos.
O momento é promissor e de esperança, pois tanto tratamentos cirúrgicos como medicamentosos têm melhorado muito a sobrevida, o prognóstico e a redução de complicações graves em decorrência da obesidade. Pesquisas também avançam com relação a descoberta de alterações genéticas relacionados ao processo de ganho de peso, que no futuro poderão promover o desenvolvimento de novos medicamentos.
Apesar de todos os desafios e as dificuldades com relação ao tratamento e o controle da obesidade, pequenas mudanças no dia a dia, até mesmo os pequenos passos valem a pena, pois a perda de pelo menos 5% a 10% do peso já pode ser o suficiente para trazer benefícios, como a redução do risco cardiovascular.
O principal elemento no emagrecimento de pacientes obesos e na manutenção desse peso é a força de vontade dedicação do paciente, integrada ao comprometimento com a equipe de saúde.
Se você acredita que precisa de ajuda, conte com a equipe especializada do Hospital Mãe de Deus. Agende sua consulta online e tenha todo o apoio necessário.