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Voltar para a listagem18/08/2021
Dor no peito, cansaço ou, até mesmo, desmaios. Esses são apenas alguns dos sinais de alerta para uma doença muito comum na população com mais de 75 anos: a estenose aórtica. Causado por algum defeito de nascença, tabagismo ou falta de hábitos saudáveis, como atividades físicas e alimentação regrada, o quadro é caracterizado pelo estreitamento da válvula aórtica – um dos principais mecanismos de controle do fluxo de sangue no coração.
Devido ao estreitamento da válvula, o bombeamento de sangue é prejudicado, evoluindo para insuficiência cardíaca e morte. Na grande maioria dos casos, os sintomas aparecem somente quando a doença está em estágios avançados.
Atualmente, o principal aliado dos médicos no tratamento é o chamado Implante Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI), procedimento menos invasivo, responsável por posicionar uma prótese no local da válvula doente para regularizar o fluxo sanguíneo.
O Cirurgião cardiovascular do Corpo Clínico, Dr. Eduardo Saadi, explica sobre a importância do procedimento. O médico foi o responsável por realizar o primeiro TAVI, em 2009, na Instituição. Desde lá, o Hospital conta com uma expertise de mais de 1 mil implantes realizados.
Até o início dos anos 2000, a cirurgia convencional era o principal tratamento contra a estenose aórtica. A partir do primeiro TAVI (sigla em inglês para Transcatheter Aortic Valve Implantation) – realizado na Europa em 2002 e popularizado no Brasil em 2008 –, foi possível a introdução de um procedimento menos invasivo, com mais benefícios aos pacientes.
Ele é feito da forma conhecida como transfemoral: usado em 95% dos casos, o procedimento é direcionado para virilha, com a prótese sendo implantada por cateteres introduzidos na artéria femoral e seguindo até o coração. Assim, a válvula doente é dilatada por um balão e a prótese é implantada.
As próteses dividem-se em dois grupos distintos, podendo ser expandidas por meio de um balão ou as chamadas auto expansíveis.
“Usamos a cirurgia convencional até hoje, mas ainda segue sendo o procedimento mais agressivo e com uma recuperação mais lenta. O TAVI é muito menos invasivo, podendo ser feito sem anestesia geral, com um tempo de recuperação no hospital entre um e dois dias”, ressalta Dr. Saadi.
De acordo com o médico, os pacientes que realizam o procedimento podem ficar no máximo até dois dias em observação no Hospital. Logo em seguida, podem seguir suas vidas normais. As evidências demonstram que a durabilidade é semelhante às próteses cirúrgicas, sendo usadas até o final da vida do paciente.
O cirurgião cardiovascular somente reforça que um acompanhamento periódico deve ser seguido de seis em seis meses ou anualmente.